Trabalho híbrido incentiva redução da emissão de carbono
Pesquisa revela que a preocupação com as mudanças climáticas tem aumentado a opção pelo home office
É uma tendência global, que veio pra ficar. O trabalho híbrido que se iniciou por causa da pandemia de Covid-19, está crescendo. E é opção certa para aqueles que se preocupam com o meio ambiente.
Uma pesquisa realizada entre as empresas do índice FTSE 250, pelo IWG — líder global e nacional em espaços de trabalho flexíveis como coworkings e escritórios, apontou que os funcionários de escritórios estão reduzindo seus deslocamentos e adotando um regime de trabalho mais sustentável. Em média, esses trabalhadores estão se deslocando 2,5 dias por semana a menos em comparação aos níveis pré-pandemia.
O FTSE 250 é um índice composto por 250 empresas listadas na London Stock Exchange que ocupam as posições 101 a 350 entre a lista das 350 maiores.
Além disso, o trabalho híbrido permite aos trabalhadores gastarem menos tempo em deslocamentos, o que pode reduzir substancialmente as emissões de gases poluentes. O último relatório da ONU sobre Mudanças Climáticas alertou que a resistência às mudanças comportamentais era uma das maiores barreiras para enfrentar a crise climática. A organização já destacou que o trabalho híbrido aborda alguns Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU: ODS 8 (Trabalho decente e crescimento econômico), ODS 9 (Indústria, inovação e infra-estrutura), ODS 11 (Cidades e comunidades sustentáveis), e ODS 12 (Consumo e produção responsáveis).
Quando a pandemia começou, em 2020, as emissões globais de CO2 caíram em até um quarto quando a quarentena foi estipulada. Os dados confirmam que três quartos dos funcionários de empresas acreditam que se deslocar menos pode contribuir para a redução da crise climática. E dois terços dos ouvidos disseram que torna a vida profissional mais sustentável.
Outra constatação importante do estudo foi que quase metade dos trabalhadores (45%) está frequentando os escritórios pelo menos três dias na semana, e mais da metade (55%) tem ido pelo menos duas vezes. Ainda 45% se recusariam a voltar a trabalhar na empresa cinco dias por semana.
Além da preocupação grande e crescente com o meio ambiente, também foi levantada a questão financeira, pois o custo de vida é afetado diretamente pelos gastos com deslocamento. Dos funcionários de empresas ouvidos, quase metade (44%) disse que a economia financeira é a razão pela qual se deslocam menos, e 48% reforçaram que isso impacta positivamente no meio ambiente.
Do lado dos gestores das empresas participantes da pesquisa, a redução do deslocamento também é apoiada. 69% dos líderes empresariais disseram que auxiliar a equipe a reduzir suas jornadas diárias é uma maneira importante de ajudar a atingir as metas de sustentabilidade da companhia.
Principais fontes
Fonte: IWG, Máquina Cohn & Wolf, OMS, Microsoft.
Foto: Adobe Stock.