Com a redução no custo das tecnologias e o aumento das tarifas das companhias distribuidoras, os investimentos na captação da energia solar cresceram bastante nos últimos anos. E a expectativa é de que esse ano, 2022, seja o melhor do segmento em uma década. Com investimentos de mais de 52 bilhões de reais, o Brasil atingiu a marca histórica de 10 gigawats de potência instalada de energia solar, o equivalente a mais de 70% da capacidade da usina hidrelétrica de Itaipu.

Os dados são da ABSOLAR, a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, que prevê o maior crescimento desse setor nos últimos dez anos para 2022. Os motivos para previsão otimista é um conjunto de acontecimentos: a diminuição do custo dessa tecnologia e os diversos aumentos acima da inflação nas tarifas de energia. E também a maior preocupação das pessoas, empresas, propriedades rurais, com a sustentabilidade, o que motiva o investimento em energia solar.

Outro ponto positivo que pode vir desses números crescentes de instalações de energia solar no país é o incremento nas empresas produtoras de painéis solares, pois hoje, quase 80% dos painéis utilizados por aqui vêm da China.

Ainda segundo a associação de energia solar do país, possuimos hoje mais de 930 mil sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, que atendem 1,1 milhão de unidades consumidoras. A tecnologia solar está presente em mais de 5.470 municípios brasileiros, em todos os estados.

A maioria dos usuários da energia solar no Brasil ainda é de uso residencial. Mais de 77% dos sistemas instalados são em casas. Mesmo com tantos avanços e otimismo, o Brasil ainda está longe de atingir um patamar satisfatório: apenas 1,3% dos mais de 89 milhões de consumidores de energia elétrica do país faz uso do sol para produzir eletricidade. Apesar disso, há muito para crescer, já que temos um dos maiores potenciais solares do mundo.