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25/10/2022

Iniciativa pública reúne empresas e instituições do setor de tecnologias sustentáveis

Bárbara Ladeia, gestora do Green Sampa, fala sobre o programa que atende 59 startups desde 2019 e discute novas formas de aliar geração de emprego e sustentabilidade

O Green Sampa é um programa da Prefeitura de São Paulo com a Agência São Paulo de Desenvolvimento – ADE Sampa, que busca reunir empresas, instituições, centros de pesquisa, aceleradoras e organizações atuantes com tecnologias limpas, com o propósito de alavancar projetos que contribuam para uma cidade mais verde, limpa, renovável e sustentável.

O objetivo principal é promover uma nova economia de empregos e trabalho e também proteger o meio ambiente, respeitando os recursos naturais. Para entender melhor sobre esse trabalho e como as empresas podem participar, o Entre Solos ouviu a gerente do Green Sampa, Bárbara Ladeia.

Como surgiu a ideia do Green Sampa? E quais os resultados obtidos desde sua criação em 2019?

O Green Sampa foi idealizado pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho e executado pela Agência São Paulo de Desenvolvimento – ADE SAMPA. É a primeira iniciativa pública da prefeitura de São Paulo que tem o objetivo de implementar uma plataforma para buscar soluções inovadoras e apoiar o desenvolvimento do setor, com trocas de boas práticas entre empresas, instituições, centros de pesquisas, aceleradoras e organizações que atuam com Tecnologias Limpas. Ao todo já foram realizadas 91 acelerações com 59 startups atendidas desde 2019, incluindo as selecionadas em 2022, cuja aceleração foi iniciada.

De que forma o programa irá auxiliar as startups verdes?

As startups selecionadas recebem acompanhamento completo. Ao longo da jornada de aceleração, acontecem oficinas, masterclasses, encontros de mercado, rodadas de negócios, mentorias especializadas, além da residência no Centro de Inovação Verde Bruno Covas, onde fica a sede do Hub Green Sampa, com toda infraestrutura para trabalho, reuniões e eventos. Todas essas atividades juntas conduzem as startups a um salto de desenvolvimento ao longo do programa.

Como a inovação será impulsionada pelo programa?

Dar suporte e alavancar o crescimento das startups do setor é uma forma de impulsionar diretamente a inovação no escopo de sustentabilidade e enfrentamento dos desafios ambientais. Para isso, temos criado aproximações importantes entre essas startups e o poder público, para que sejam capazes de atuar de forma conjunta no desenvolvimento de soluções que respondam diretamente aos desafios do município. Hoje buscamos dar um passo adiante, transformando o Hub Green Sampa em um verdadeiro think tank, reunindo os principais atores desse ecossistema para discussões e construção de novos programas e iniciativas que corroboram com a agenda 2030.

Quais os principais objetivos do Green Sampa?

O principal objetivo do programa é apoiar o desenvolvimento do setor de inovação em sustentabilidade em resposta aos principais desafios ambientais da cidade de São Paulo, gerando inteligência, identificando sinergias, promovendo conexões e fomentando as boas práticas entre os principais atores deste ecossistema. Dessa forma, incentivamos o desenvolvimento sustentável através de novos produtos, serviços, tecnologias e processos ecologicamente eficazes, economicamente vantajosos e socialmente responsáveis.

Quais são os critérios para que as empresas participem do programa?

Essas empresas precisam estar alinhadas com três critérios: utilizar tecnologia como parte relevante do modelo de negócio; apresentar modelo de negócio inovador que responda a algum desafio ambiental; e estar em fase de ideação, validação, tração ou escala junto aos potenciais clientes, com potencial para se desenvolver na cidade de São Paulo, mas que possam ter atuação em território nacional também.

Além disso, precisam estar dentro dos eixos de Qualidade de Água e Saneamento; Ecoagricultura e Segurança Alimentar; Eficiência e Clean Web; Eficiência Energética, Energia Limpa e Armazenamento Energético; Indústria Limpa e Logística Reversa; Mobilidade Urbana e Transporte; Parques e Áreas Verdes; Qualidade do Ar e Resíduos Sólidos.

Como funcionarão essas vitrines Green Sampa?

As Vitrines Green Sampa estão em fase de produção – a intenção é expor no site e em nossa sede física as soluções que foram aceleradas pelo programa e, com isso, colaborar para a divulgação e popularização das startups e soluções selecionadas.

Existe um prazo para colher resultados dessas iniciativas?

O programa é permanente, por isso não há uma data de finalização prevista. Atualmente, trabalhamos em ciclos de 10 meses. A partir do ciclo 22/23 (que está em curso), iniciamos a mensuração de impacto do programa bem como incluímos a mensuração de impacto como um dos entregáveis das startups selecionadas, de modo que essas métricas passam também a ser acompanhadas pela equipe gestora do programa.
Até o momento, temos:

  • 89 interações com empresas e investidores na rodada de negócios de maio 22;
  • 10 eventos de networking realizados (12 meses);
  • 2.068 visitas ao Hub nos últimos 12 meses;
  • 31 eventos foram realizados no espaço;
  • 217 organizações no mapeamento de ecossistema realizado em 2022.

Quais os principais parceiros e qual a importância do Hub para este momento?

Nossa rede de parceiros está, e sempre estará em construção. O desafio ambiental de uma cidade como São Paulo é tão complexo quanto sistêmico e, por isso, é fundamental contar com o suporte dos mais diversos atores estratégicos para tornar essa iniciativa mais rica e mais potente. Temos contado com grande suporte do Movimento Circular, da Associação Comercial de São Paulo, da Associação Brasileira de Empresas de Software, do Movimento Choice, além de diversas outras Secretarias Municipais que vêm se juntando ao debate.

ODS envolvidos nessa notícia:

Principais fontes

Foto capa: arquivo pessoal/Bárbara Ladeia
Foto secundária: logo iniciativa - divulgação