Plástico e vidro também podem vir da cana-de-açúcar
Além dos combustíveis, há o biogás e diversos resíduos da cana utilizados no mercado
A relação entre a cana-de-açúcar e a energia já é evidente e faz parte da compreensão de quem está por dentro do universo agro. Aqui no Entre Solos, explicitamos o papel da cana-de-açúcar como fonte de energia limpa e renovável, por exemplo, por meio da biomassa, como também já abordamos a sua importância para o mercado de biocombustíveis no Brasil, por meio da produção e adoção de bioetanol, biodiesel, como exemplos.
Além disso, para além dos biocombustíveis, seu desempenho na produção de biogás e biometano tem sido fundamental nas ações contra mudanças climáticas. O biogás, por exemplo, pode ser gerado a partir de resíduos da cana. Entre os seus diferentes resíduos estão o bagaço, a palha, a vinhaça e a torta de filtro.
Outra forma da cana-de-açúcar aparecer no seu dia a dia é por meio da garrafa PET. Isso mesmo: na sua mesa podem existir materiais plásticos compostos parcialmente por material vegetal (30%), como por exemplo, produzidos a partir da cana. No entanto, em 2015, a Coca-Cola anunciou a “PlantBottle”, uma garrafa 100% feita a partir deste recurso, sendo 100% reciclável.
Mas este não é o único plástico feito a partir da cana que você deve conhecer. Alguns brinquedos de montar, como os da marca Lego, contam com uma tecnologia que dispensa o uso do plástico derivado de petróleo. Isso é possível através da utilização do biopolietileno, um derivado da cana-de-açúcar.
Outra invenção recente e parte da agenda de consciência ambiental é o canudo biodegradável. Para substituir os canudos plásticos, eles passaram a fazer parte do cotidiano brasileiro a são feitos a partir da cana. Produzidos de formas variadas, o ponto em comum é impressionante: o natural de cana-de-açúcar se decompõe em apenas 15 dias.
Apesar do canudo ser um elemento de uso rápido e descartável, a sua produção a partir da cana não é o seu único papel desempenhado atualmente.
O recurso também é utilizado para a produção de vidro. A cinza da queima da cana é rica em uma areia essencial para a fabricação de vidro, a sílica.
A sílica da cana, por sua vez, tem alto poder de absorção. Essa areia deve ter um futuro promissor no mercado: a expectativa é de que a cana colabore com a inovação em baterias e com a tecnologia de células de combustível, que tendem a gerar eletrificação em motores elétricos a partir do etanol.
Principais fontes
Principais fontes: Fenasucro e Agrocana; g1.
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