Existem vários alimentos que possuem em suas embalagens a garantia de sua procedência, levando maior segurança ao consumidor final.
É importante a gente saber de onde vem o que colocamos na nossa mesa. E um instrumento que nos assegura a qualidade dos produtos que compramos é o selo de certificação. Ele é uma espécie de aval concedido por entidades reguladoras reconhecidas nacional e internacionalmente que indica que aquele alimento é seguro ou cumpre propósitos sanitários e de qualidade. Assim, para que um produto tenha um certificado, a indústria precisa submetê-lo à análise rigorosa dessas entidades. Há vários casos em que a certificação é obrigatória para que o produto possa ser comercializado no Brasil.
A carne bovina, por exemplo, tem que ter o selo S.I.F. conferido pelo MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária), que atesta a conformidade à legislação na área de segurança, saúde e meio ambiente. Além disso, existem as certificações voluntárias, que garantem o cumprimento de normas em relação a processos e produtos. Nesse caso, os selos são o que diferencia as marcas certificadas e as não certificadas.
Variedade e procedência
O selo de produto orgânico, por exemplo, é conferido pelo SisOrg (Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica), e caracteriza aqueles produtos que não levam insumos sintéticos (como agrotóxicos, fertilizantes). Inclusive, não pense que só existem frutas, legumes e verduras orgânicos. Com os avanços da tecnologia, podemos encontrar diversos alimentos com essa certificação.
O selo nos ajuda a entender que um simples alimento pode envolver uma longa cadeia de produção que é responsável por cada ingrediente e até mesmo pelos processos que o envolvem, como beneficiamento, empacotamento, transporte e tantas outras etapas de tudo o que chega até às nossas casas. E é importante saber que quanto maiores são as exigências que fazemos sobre a natureza de cada ingrediente, mais complexa é a operação. Conhecer a procedência dos alimentos é um comportamento dos consumidores cada vez mais bem-informados. Por isso, as certificações em alimentos estão cada vez mais presentes nas embalagens que vemos nos mercados. Ao final, queremos encontrar no produto embalado a mesma segurança que temos quando compramos diretamente de um fornecedor de confiança.
Segurança dos alimentos, bem estar animal e controle florestal
Produtos com o selo HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Point) ou APPCC em português (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) atestam que possuem a segurança mapeada por análises e controles quanto aos perigos biológicos, químicos e físicos da produção, aquisição, manuseio, fabricação, distribuição, preparação e consumo de matéria-prima de produtos alimentícios. O programa faz parte das regulamentações de segurança dos alimentos exigidas nos Estados Unidos, Canadá, México, Reino Unido e União Europeia.
Nessa mesma tônica, diversos programas de certificação podem revelar jornadas da cadeia associada à produção e desenvolvimento de diferentes produtos que utilizamos. Por exemplo, o Fair Trade, tem o compromisso com o comércio justo, o Cruelty Free, garante o bem estar animal ou de produção sem nenhum tipo de medida violenta a animais e o Rainforest Alliance, atesta que um determinado produto foi desenvolvido de maneira sustentável do ponto de vista econômico, ambiental e social.
A certificação florestal deve garantir que a madeira utilizada em determinado produto é oriunda de um processo produtivo manejado de forma ecologicamente adequada, socialmente justa e economicamente viável, e no cumprimento de todas as leis vigentes. O FSC é hoje o selo verde mais reconhecido em todo o mundo, com presença em mais de 75 países e todos os continentes. O FSC é uma sigla em inglês para a expressão Forest Stewardship Council, ou Conselho de Manejo Florestal, em português.
Principais fontes
Fontes: Abepro, Rede Zero, Caltech, Ministério da Agricultura, Info Escola, PariPassu, SGS Group, Selo Vegano, Certified Humane Brasil e Sebrae.