Tecnologias aumentam em até 5 vezes a produção de cajá no Piauí
A Embrapa de Teresina desenvolveu um sistema de produção que reúne pacote tecnológico que levou a excelentes resultados
Em um dos experimentos realizados por sete pesquisadores da Embrapa, a produção em seis hectares saltou de 3,4 toneladas em 2021 para 8,1 toneladas até o dia 21 de março de 2022. Uma equipe da Embrapa Meio-Norte (PI) inovou usando as seguintes técnicas para alcançar os resultados: seleção de clones, manejo de irrigação na fase reprodutiva da cajazeira, identificação de pragas e doenças, definição da forma de colheita, avaliação da restrição radicular da planta, avaliação da desfolha na indução floral e estabelecimento de doses de nitrogênio, fósforo e potássio para a produção. Financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), vinculada ao governo do estado, com orçamento de R$ 400 mil, o projeto segue até 2024, de acordo com o pesquisador Eugênio Emérito Araújo, que coordena os trabalhos.
Experimento que também teve excelente performance produtiva usando a fertirrigação foi executado pelo pesquisador Valdemício Ferreira de Sousa, que obedeceu os critérios técnicos com dosagens de nitrogênio, fósforo e potássio, via água de irrigação e com frequência de aplicação de 20 dias. Para cada experimento, foram usadas 108 plantas de cajazeira plantadas no espaçamento de dez metros por dez metros, em uma área total de 3,20 hectares.
Em Teresina, o pacote de 500 gramas de polpa de cajá é vendido nos supermercados com preços que variam de R$ 5,40 a R$ 8,30. O Piauí tem hoje dez agroindústrias processando polpas de frutas.
Outro estudo, este desenvolvido pelos pesquisadores do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), demonstrou que as cajazeiras enxertadas iniciam a produção a partir do quarto ano após o plantio. Segundo o trabalho, em condições favoráveis de cultivo, cada planta pode produzir cerca de 40 kg, totalizando aproximadamente 6,2 toneladas de frutos por hectare, adotando o espaçamento de oito metros por oito metros. De acordo com o estudo, nos anos posteriores, a produção aumenta gradativamente, estabilizando-se a partir do oitavo ano.
Principais fontes
Fonte: Embrapa Meio-Norte (PI), IPA.
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